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POEMA
OS FILHOS DO MEDO
( Willy e Monica . . . , todas as crianças boazinhas do Planeta )
( I I I )
O ambiente conspira
com as limitações de viver
o tempo todo .
Se imobilizam pernas e braços
numa lógica precária de cárceres
com os cérebros já flácidos ,
que precocemente nos presenteiam . . .
São dádivas traumáticas
tal qual alçapões
que aprisionam lebres cansadas .
Em nome da sabedoria ,
que atende pelo apelido de instrução ,
se endeusam os caminhos apócrifos
e sentam - se os inocentes
em múltiplas " cadeiras elétricas " escolares . . . ,
a apenas dois anos de terem nascido ! . . .
Algo ignóbil :
é uma manada de ovelhas dóceis
. . . e cansadas
que brotam de falsos úteros
de bem com uma vida em " holocausto "
que antes de ser vivida ,
já é uma vida terminal ! . . .
Lesma , talvêz " viva " mais ( ! ) ,
pelo menos . . .
Só no primeiro segundo
de vida real ,
se pode saborear a independência ! ! !
Depois ,
não dá mais ,
não há chance de aprender a usá - la :
os usufrutuários . . . ( ? ) ,
sempre são os estranhos no ninho . . .
( St. Michel )
Mário Figueiredo
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