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POEMA
OS FILHOS DO MEDO
( Willy e Monica . . . ,
mais todas as crianças " boazinhas " do planeta )
( XI )
Desespero ,
com tiques nos olhos
e ,
de novo ,
as vestes molhadas de mijo . . . ,
como um querer voltar
retroagir
ir para lugar seguro :
um útero ?
. . . talvêz o céu ! . . .
" É nesse desespero
do retorno
que eu vou ao impossível
sózinho ! . . . "
É , então ,
o começo de uma nova luz opaca ,
que penetra os olhos
inocentes . . . ,
que vêm cada vez menos
do que ontem ! ! !
Salva - se o aparente
e fode - se a inocência
com um sarcasmo dos sem consciência .
Tudo encenado
para que a culpa " seja só minha "
- a única causa ! . . .
Os inocentes são o resto :
esterco(s)
cuidados exagerados ,
tal paralíticos
sem medula
medos , cobras e lagartos :
o alvorecer
dos lixos do luxo . . .
Nessas intenções de vida
com todos os cuidados de cemitérios
se empunham espadas de plástico
e chupetas penduradas em beiços aleijados
carrinhos , aos montes , sem uso ,
como livros intermináveis de fuga
e , também ,
invasões que espreitam
sobre aquedutos e relvas amareladas . . .
Tenho muito medo das sombras ,
do ridículo
e dos mais certos ;
daqueles mais velhos
e dos mais experimentados :
são as únicas sombras de uma razão podre !
Prevejo ,
eles são uns merdas ,
correm na minha frente
tais quais cavalos alados ,
sempre numa fuga voráz
que não se deixam entender
que somos produto do meio ,
plenos de angústias
mais do que os seus nojos . . . ,
em falsas relações com cheiro intenso de mofo !
E ,
sabem de tudo
mas esquecem , que as minhas principais necessidades ,
são as tentativas ! ! ! . . .
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