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POEMA
OS FILHOS DO MEDO
( Willy e Monica . . .
mais todas as crianças " boazinhas " do Planeta )
( I X )
E ,
eu que vivo intensamente o " non sensus "
sempre vou achar que não sou . . . ,
pois ,
estarei preso à violência
da brutalidade dos " meus " jogos eletrônicos ,
" feitos " com os meus dedos descontolados
e , que , também ,
deformam os meus registros cerebrais ,
antes que a minha naturalidade se forme . . .
Aí,
com todos os meus sonhos atropelados ,
plenos de invasões ,
sempre desejarei encarcerar
todos os " meus " dependentes futuros ;
tal qual fui tratado
e até vizualei os meus " santos " inocentes ( ! ) ,
que ou cedem às minhas vontades
ou morrerão afogados . . .
Reconheço :
sempre terei que estar disponível
para ser escravo do amor (?) que me ama .
É uma expectativa de ser rei . . . ,
para aprender a viver sem reinado !
Seguindo , nessa vereda , por aí ,
naturalmente ,
o meu DNA se altera
e , logo me sujeito ,
a uma demência forçada
que possa ser o elixir " sagrado "
dos meus escravocratas ,
para que
finalmente
eu possa ficar à mercê dos seus caprichos ,
pois ,
todos eles são muito mais dementes . . . ,
. . . do que eu sei ! ! !
Mário Figueiredo
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