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POEMA
OS FILHOS DO MEDO
( Willy e Monica . . .
mais todas as crianças " boazinhas " do Planeta )
( X )
Um dia ,
um dia qualquer ,
aquilo que tiraria a infelicidade ,
agarrada ao meu SER ,
seria a estrutura do meu poder crítico . . .
Mas se eu estou aprisionado
maior é a minha chance ao desamor !
Se ,
inocente , não tiver " exits " ,
irei aprender a amar os meus " algozes " ,
pois todos dicidem tudo
por mim
( igual à Prússia ) . . .
É uma fábrica ,
cheia de caras - de - pau
comigo excluido ,
" lindo e vivo "
feito um vaga - lume sem asas
ou parasita de àrvore
ou bicho de couro de boi .
Então ,
quanto mais me sacodem
mais eu me agarro . . .
É um " sem forças "
em que sobra apenas a minha agressão ,
gratuita ,
ou sucumbirei !
Com o meu físico enfraquecido ,
mais adiante ,
quebrarei todo o meu poder de dicidir
e fazer ,
deixando de ser . . .
Os liames que eu percebo
e me aconchegariam
são feitos para me usarem . . .
Quem me cerca ,
me esteriliza . . .
Só falsas portas se abrem
e
para um mundo que eu não vivi . . .
Se entro por elas
não encontro os meus " exits " .
É uma exclusão pela estupidez
ou do bem
ou do mal :
uma espécie de masmorras de angústias
e inquietudes irrevercíveis . . .
Mário Figueiredo
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